Sobre o Vale do Capão

UM LUGAR ENCANTADO

No Centro do Estado da Bahia, no município de Palmeiras, a 1.000 m de altitude, abraçado pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, o Vale do Capão é um lugar encantado, coberto de vegetação típica de mata atlântica e pomar,  desenhado por montanhas, cachoeiras e gerais que guardam o mistério do Vale. 
  
Com temperatura média de 19º C, o Vale tem um micro clima que contempla o céu azul durante o dia e as noites frias. A natureza do Vale do Capão e do município de Palmeiras conta a história do Planeta, com suas antigas montanhas que guardam paisagens pré-históricas emocionantes, como o Morro do Pai Inácio, o Morro do Camelo e o Morrão – Monte Tabor, que registram rochas com idade superior a um  bilhão de anos. 

O Capão possui uma cultura diversificada, com pessoas de diferentes partes do mundo reunidas em torno de um estilo de vida voltado ao desenvolvimento humano e ao respeito à natureza. Com oito associações, o Vale reúne arte, artesanato e atividades sustentáveis, como a agricultura orgânica, ervas medicinais, fitoterápicos e fitocosméticos, mel orgânico, teatro, coral, circo, dança. O é turismo comprometido com a conservação do patrimônio natural e cultural.    
  
A partir do Vale do Capão é possível usufruir das principais trilhas da Chapada: Vale do Paty, Andaraí, Lençóis, Mucugê, Cachoeira da Fumaça por baixo  e por cima, caminhadas pelos Gerais do Rio Preto, Gerais do Vieira, Gerais da Fumaça, encontrando cachoeiras maravilhosas e recantos surpreendentes no caminho. Dentre suas principais cachoeiras está a imponente Cachoeira da Fumaça, com seus 340 metros de altura, garante a  mais alta queda livre do Brasil. 
  
A diversidade ecológica e cultural é a natureza do Vale.

ANTIGUIDADE REVELADA NA NATUREZA DO CAPÃO

A antiguidade da Chapada Diamantina tem início com a sua geologia que apresenta rochas com idade superior a um bilhão de anos, testemunhando a memória do fenômeno do Pangea. Essa antiguidade é também revelada na memória de comunidades nativas, remanescentes de povoados indígenas, comunidades negras descendentes de escravos e remanescentes de quilombos, comunidades tradicionais, garimpeiros, entre outras diferentes culturas, com seus ritos e histórias vivas.
 
O município de Palmeiras foi emancipado de Lençóis em 1890, que foi emancipado de Santa Isabel do Paraguaçu – Mucugê em 1856, que foi emancipado de Minas do Rio de Contas – Rio de Contas, a mais antiga cidade da Chapada Diamantina, em 1847.

Com sua arquitetura do século XIX, Palmeiras tem como padroeiro Bom Jesus. O Vale do capão tem como padroeiro São Sebastião, comemorado no dia 19 de janeiro com festas populares e apresentações artísticas e culturais do Vale.
 
O município de Palmeiras localiza-se na zona da Chapada Diamantina na Região das Lavras, encravado entre os municípios de Lençóis, Mucugê, Seabra, e Iraquara. Parte do seu território está incluído no “Polígono das Secas” e outra parte, como os povoados de Campo de São João, Cercado, Conceição, Rio Grande e o distrito de Caeté-Açú, compõem o entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado por decreto em 17/09/1985. A sede municipal apresenta as seguintes coordenadas geográficas: 12º 30′ 50” de latitude Sul e 41º 34′ 39” de longitude W. Dista de Salvador, 438 Km e em linha reta 355 km.

NASCIMENTO DE LENDAS

A lenda nasce do encantamento e da necessidade humana de transcendência, da busca de respostas para o desconhecido, do preenchimento de um espaço vazio e sem significado. Nesse campo fértil surge o universo da imaginação, onde a arte em suas múltiplas manifestações, literatura, dança, música, teatro e cinema revelam o rito como expressão da cultura, dos valores e das crenças de um povo. No espaço místico entre o mundo material e o mundo imaginativo e espiritual, a lenda vive.

Pai Inácio

Um escravo chamado Inácio havia se apaixonado pela filha de seu senhor, um dos coronéis do garimpo e teve um caso com a bela portuguesa e por este motivo, condenado à morte pelo pai da moça. Fugindo dos jagunços do coronel, o escravo Inácio tentou se esconder num morro, acuado por seus perseguidores, não lhe restou alternativa a não ser saltar do alto do morro, que hoje leva o seu nome. Para evitar a morte abriu um guarda-chuva, que lhe fora dado de recordação por sua amada, e desceu ao solo suavemente e sem ferimentos. Muitos dizem que ele morreu, mas os mais otimistas defendem que o escravo escondeu-se em uma pequena gruta no morro e depois fugiu para bem longe.


Encanto do Diamante

Conta-se que há uma forte união entre os diamantes e os astros. Os garimpeiros antigos contavam que para cada estrela no céu existia um diamante na terra. O garimpeiro só achava o diamante se os astros permitissem.
Para que isso acontecesse era preciso ocorrer o “bambúrrio”, umaencantamento entre o garimpeiro, a pedra e os astros (estrelas), era essa união que dava sorte ao garimpeiro para achar os diamantes – “E quando o garimpeiro vê a luz correr na serra ele sabe: é o chamado do diamante. Ele foi escolhido. Homem, diamante e estrela: está fechado o triângulo da magia.” Assim nasce o “encantamento”.


Pedra Viva

A lenda conta que as pedras preciosas da Chapada tinham o poder de se esconder dos maus Garimpeiros, ou seja, elas só apareciam nas bateias de seus supostos donos, aqueles predestinados a serem seus donos.


Lagoa Encantada

Conta que uma linda jovem apaixonada, sem ter seu amor correspondido, olhou-se nas águas da Lagoa para tentar certificar-se da ingratidão do seu amado, que a rejeitava. Constatada a injustiça que sofria, desistiu de viver e jogou-se nas águas profundas. Uma Síncope impediu que a jovem se afogasse, prendendo seus cabelos longos no tronco de uma árvore, com a cabeça fora d’água. A jovem foi encontrada ainda viva, protegida pela Lagoa. Seu amado porém, comovido com a atitude da jovem, foi ao seu encontro. Conta-se que desde então viveram em felicidade.


Chamamento

Segundo a crença do Chamamento, os diamantes atraem seus donos por causa de sua luz e seu som peculiar. O Chamamento consiste no fenômeno no qual o garimpeiro, quando se aproxima de sua pedra, escuta leves batidas nela e vê uma intensa luz sobre a serra.

OMPROMISSO COM O PATRIMÔNIO NATURAL E CULTURAL

O Vale do Capão possui modalidades de turismo sustentável através da saúde, aventura, eco turismo, cultura e o turismo pedagógico.

Turismo de saúde

Uma natureza pródiga, intocada, soberana. Há o caminho da cura através Medicina Natural, Fitoterapia, Medicina holística, Massoterapia e Xamanismo.

Essa é a nossa Natureza!

Turismo de Aventura e ECO Turismo

Viver a natureza intensamente, cachoeiras, fendas, corredeiras, lagos, escarpas, força e equilíbrio, trilhas inusitadas e mistérios a descobrir.

Natureza e aventura é aqui!

Há práticas de rapel, escalada, canyon, arborismo, corridas de aventura como o Ecomotion. Existe também atividade de vôo livre com parapente, realizado pelo Sr. Eddy Bardin, ex-membro da seleção nacional francesa de parapente, membro fundador da primeira base experimental de parapente no rio de Janeiro em 1989. O relatório foi elaborado no dia 15 de abril de 2006.

Turismo Cultural

Diversidade de saberes, cura, educação e arte, solidariedade, responsabilidade ambiental, alegria, respeito aos antepassados e a todas as formas de vida. No vale há atividades de teatro, música, coral, capoeira, circo, reisado, artesanato, escola comunitária e apicultura. Tudo isso faz parte da cultura da região!

Turismo Pedagógico

” Só aprende quem se emociona”
” Só se aprende por amor”

Foco na formação de jovens para uma cultura pacífica e sustentável,  promovendo a oportunidade de uma convivência intensa com a natureza, em um lugar onde o respeito à diversidade ecológica e cultural seja um estilo de Vida.

Esse é o formato de educação do vale do Capão!